AÇÚCAR NO
BRASIL
História do Brasil: Cultivo De Açúcar Na América Portuguesa
Onde?
*Nordeste
(clima, solo, proximidade)
O nordeste tem o clima quente, solo fértil, solo de massapé (é um tipo de solo caracterizado pela elevada fertilidade, possui cor escura em razão de sua formação ser proveniente da decomposição de rochas, como gnaisses escuros, calcários e filitos.). Além de ser a região do Brasil mais próxima da Europa, fácil escoamento por meio do Atlântico.
Características
PLANTATION
É o modo de produção do açúcar no Brasil
Latifúndio
Produzido em uma grande propriedade
Monocultural
Planta só um tipo de coisa: o açúcar
Agroexpotação
Essa única coisa que foi plantado (o açúcar) vai para fora.
Escravidão
Eles que trabalham, mão-de-obra barata
Como?
*Experiência Portuguesa
Os portugueses já têm experiência com a plantação de açúcar, especialmente nas Ilhas do Atlântico, porém plantar açúcar era caro (precisa de todo um engenho, maquinário - para moer, purgar, refinar-). Portugal não tinha dinheiro.
*Capital Holandês
Portugal vai pedir dinheiro para o grande Banco na Europa, no século XVI, A Holanda. Holanda empresta sob a seguinte condição: ter o monopólio do comércio do açúcar.Graças a experiência portuguesa, e o capital holandês, que o açúcar se torna viável no Brasil.Mais tarde a Holanda viria ao Brasil buscar este dinheiro investido.
Por que?
-Colonização
Portugal precisava colonizar o BrasilSe não ocupasse a terra, perderia
-Mercado
Diante da necessidade de ocupar o Brasil, Portugal, precisou plantar algo valioso para o mercado europeu, algo que a Europa pague caro: o açúcar (No século XVI usavam dote de casamento)
RevoluçãoComercial
A Europa estava passando por um processo de Revolução comercial, ou seja, o comércio estava se expandindo, e o açúcar era um excelente produto.
Resistência
HERANÇAS COLONIAIS
-Fugas/Quilombos
Resistência escrava por meio de fuga e formação de comunidades colombolas
-Revoltas
Revoltas sobretudo a prática da violência
-"Preguiça"
Se o escravo é uma forma de trazer acúmulo para o senhor, quanto menos o escravo trabalhar, mais ele vai estar afetando o lucro do senhor, por isso é uma forma de resistência.
-Suicídio
Se o escravo era uma propriedade do senhor; cara e valiosa, a maior forma de atacar os interesses do senhor é você atacar a sua propriedade, ou seja, atacar a sua vida.
-Sincretismo
A fusão, a mescla de elementos culturais e religiosos, uma forma que os africanos conseguiam manter certos aspectos da sua cultura fundindo com elementos da cultura europeia.
Sociedade
O tipo de sociedade que vai se consistir no Brasil açucareiro, está plenamente ligada às características da Plantation.O modo de produzir que vai determinar a organização social.
Estratificada
É estratificada pensando em renda e pensando em cor, ou seja, a base da sociedade é pobre e negra e o topo dessa sociedade é rica e branca
Patriarcal
Como a escravidão é uma forma de trabalho pautada na violência, o homem, essa entidade, no mundo social é predominantemente masculina. O chefe de família, o senhor de engenho controla, não só sua produção e sua propriedade, mas ele controla a moral, a sexualidade e todos os aspectos da vida
Patrimonialista
A sociedade era assim porque não existia bem a separação entre público e privado. O senhor de engenho é todo ali, é a própria lei."Aos amigos tudo, aos inimigos a lei" frase sintomática do século XVI e XVII, ou seja, a lei funciona só para os nossos inimigos, por causa da não separação entre público e privado
Rural
Sociedade predominantemente rural, cidades esvaziadas, só um entreposto para o escoamento do açúcar e para a chegada dos produtos europeus. A vida existe de fato no mundo rural.
Quando?
◽Estabelecimento→1540
Por volta de 1530-1540, esse açúcar vai crescendo progressivamente e vai chegando no seu apogeu
◽Apogeu→Holandeses
Chega no seu apogeu no momento das invasões holandesas meados do século XVII, ápice do açúcar que rapidamente chega ao declínio
◽Declínio→Antilhas
O açúcar chega rapidamente ao declínio porque quando os holandeses são expulsos do Brasil, eles vão levar mudas de cana-de-açúcar e todo norrau da produção de açúcar para as Antilhas, onde produzem açúcar também. Muito açúcar no mercado faz com que cai o preço ocasionando o declínio do açúcar no Brasil. Importante frisar: os holandeses eram ótimos em refinar açúcar! No Brasil produziam um açúcar mascavo (do processo em que o melaço petrificado vai ao sol e vira rapadura ou açúcar), o qual não era muito vendido, pois o mais procurado no mercado era o refinado (esse branquinho, fino e puro que você compra), que por sinal era caro. E quem produzia esse açúcar? Os holandeses! Então aí já fica nítido o problema econômico: os holandeses tinham nas mãos o melhor e mais caro açúcar e, por fim, sabiam de todo o processo, técnicas sobre o processo brasileiro de produção do açúcar.Portanto, ao serem expulsos da colônia, começaram a produção do açúcar nas Antilhas e comercializam ele na Europa.
◽Recuperação→Crise
O açúcar vai ter uma recuperação quando as Antilhas, região do Caribe, entra em crise, sobretudo, no final do século XVIII e no começo do século XIX, com a revolução do haitiana.

Add your text
Sociedade formada por dois binômios: casa grande(elite branca proprietária, donos do engenho, do latifúndio) e senzala (grande massa de escravos, trazidos da África, para trabalhar no engenho). Trazidos da África porque o escravo era uma mercadoria, e como toda mercadoria, trazia dinheiro para os portugueses.Não é a escravidão que cria o tráfico negreiro, é o tráfico negreiro (necessidade de lucro) é que cria a escravidão na África.Milhares de pessoas trazidas para cá, se tornando a base produtiva dessa sociedade açucareira.Além do senhor e do escravo, existe camada intermediária, um pouco excluída do eixo central da sociedade, os livres pobres (sobretudo mestiços, filhos do senhor com as escravas ou com as indígenas, por meio da violência); este livre pobre se sentia mais próximo do senhor do que do escravo, porque negar o escravo e se aproximar do senhor era o que de fato garantia a sua liberdade, ele vai trabalhar como capataz, capitão do mato, o ferreiro, o vaqueiro; coisa subsidiárias, acessórias, porque a produção fundamental do açúcar está monopolizada pela mão de obra escrava